quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Capítulo II - Dentes Putrefados

Paula era uma garota de vinte e cinco anos. Seus longos cabelos lisos e negros, e sua pele alva provocavam um realce perfeito. Era de uma estatura pequena, media cerca de ume metro e sessenta centímetros. Ela não era apenas namorada de Diego, mas sim sua única amiga.
A jovem chegou na casa do seu namorado através de sua moto Biz. Mesmo sendo uma motocicleta de baixa potência, ela levou menos de dez minutos até seu destino. Como costumeiro, ela buzinou três vezes para Diego saber que havia chegado. Rapidamente ele abriu a portão e Paula entrou com sua moto. Ela retirou o capacete rosa e o olhou assustada.
– O que aconteceu? – Perguntou aflita.
– Eu não sei se é paranóia minha, mas você precisa ver algo.
Diego a puxou para dentro de casa, passando pela sala e chegando no quarto de sua mãe. O sobretudo estava estirado na cama.
– Veja.
– Ver o que, Diego?
– Esse sobretudo.
– O que tem ele?
– Você não lembra? Dos sonhos que eu te contei, dos tormentos de minha mãe?
– Sim, um homem que usava um sobretudo como esse. Mas o que você está insinuando? Que esse sobretudo seria do fantasma?
– É... mais ou menos isso.
– Ah Diego, por favor, você é mais esperto do que isso! – Zombou Paula.
– Minha mãe jamais usaria uma roupa dessa. E além do mais, eu nunca vi isso no guarda-roupa dela. Paula, por muitas vezes eu abri esse guarda-roupa para guardar as roupas dela e esse troço nunca esteve lá.
– Bem, ele poderia estar guardado em outro lugar e sua mãe o guardou ali recentemente. Essa roupa é velha, Diego – Paula apanhou o casaco –, pode ser do seu avô ou até mesmo do teu pai. Na pior das hipóteses, sua mãe poderia estar saindo com alguém e não quis te contar. Por que não?
– Não sei Paula. Você pode estar certa, na verdade provavelmente está. Bem, prefiro que esteja! Mas de todo modo não deixa de ser assustador.
– Deixa de besteira, amor! – Paula se aproximou dele –, assustador é você que até agora não me deu um beijinho se quer.

***

2:35 da manhã. Diego acorda sobressaltado por mais um dos pesadelos, porém esse foi diferente. Ele sentiu que algo o impedia de despertar. Diego tinha ciência de que era um sonho, no entanto era impossível se desprender dele. Tentava a todo custo, mas seu corpo não obedecia. Em seu sonho, Diego estava caído ao chão, sem forças por tanto correr dele, ele se aproximou de Diego e disse: “Você é mais um deles, pagará também”. A assombração abriu a boca e mordeu o pescoço de Diego dilacerando a carne como um leão feroz.
Diego sentou-se na beirada da cama. Ele olhou para Paula, ela dormia profundamente. O jovem foi até o banheiro para molhar a cabeça como de costume. Olhou no espelho e se assustou quando viu um hematoma na região em que o ele havia mordido no sonho. O rapaz correu de volta para o quarto, gritando pelo nome de Paula no caminho, que acordou assustada com os gritos do namorado.
– O que, o que foi? – Falou sentando na cama.
– Olha isso. – Disse ele mostrando o hematoma a ela.
– O que é isso? Está parecendo mais um machucado. Acende a luz, deixa eu ver direito.
Diego foi em direção ao interruptor e acendeu a luz, quando se virou, o rapaz se deparou com seu pior pesadelo, era ele! Diego emitiu um grito abafado e caiu no chão. A assombração não desapareceu.
– O que aconteceu Diego? – Era evidente que Paula não via ele.
– É Diego, diga a ela o que vê. – O pobre rapaz engatinhava de costas, mas a parede o impediu que continuasse.
– O que quer de mim, demônio? – Paula saiu da cama assustada e foi acudir o namorado. – Não se aproxima Paula, fica aí –, berrou ele. O fantasma riu medonhamente, expondo seus dentes putrefados.
Diego, pelo amor de Deus, fala comigo! – Implorava Paula. O obsessor olhou para frente e logo seu sorriso monstruoso desapareceu de seu rosto.
– Sua sorte é que eles estão vindo, mas eu voltarei para te buscar, moleque!
O fantasma correu em direção Diego, que tentou bloquear o encontrão com as mãos, mas o espírito desapareceu quando se chocou com o rapaz.
Diego abriu os olhos, apalpou seu corpo como se estivesse conferindo se tudo estava lá. Paula ignorou a ordem do namorado e foi acudi-lo.
– Pelo amor de Deus, me diga o que está acontecendo, Diego. – Ela o ajudava a levantar.
– Calma, eu te conto, mas vamos sair dessa casa.
– Mas Diego...
– Agora Paula! – Berrou ele.
Assustada, Paula obedece Diego sem retrucar. Ela nunca o havia visto daquele modo, jamais assistira uma cena tão desesperadora em toda sua vida. Ele esperou a namorada vestir sua roupa, pegou a chave do carro, um casaco e fechou a porta da casa. Diego estava apavorado, tudo que queria era sair dali.

2 comentários:

  1. sério que vou ter q esperar até segunda!! anem Dooll! ;* bjo Ju Honorato

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  2. sério que vou ter q esperar até segunda!! anem Dooll! (X2)


    Mor,Bjks!!!

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