Três noites? –, questionou Sebastião. – Não, Coronel não trabalha com tempo específico. Isso é algo que você deve deixar pra trás.
Paula e o espírito de branco caminhavam pelos corredores do cemitério. Ela havia contado tudo àquele homem. Ele se apresentara como um amigo e esteve disposto a ouvir a jovem.
– Aquele túmulo, o numerado 53, é lá que ele está enterrado, não é?
– Não Paula, aquilo é só um indigente. Eles são enterrados e posto números em suas lápides. Antigamente era assim.
– Até hoje é assim. – Um breve silêncio acomete àquela situação. – Sebastião, onde está Diego? Ele me trouxe até aqui, supunha que ele estaria aqui.
– Paula, eu sei que amou ele em vida, mas agora a condição dele é outra. Pelo seu próprio bem e da criança que espera, afaste seus pensamentos de Diego e do Coronel.
– O Coronel só me deixará em paz quando eu encontrar o 53. Do contrário ele virá atrás de mim.
– Manuel não virá a seu encalço, ele apenas está usando você para se livrar dos próprios fantasmas.
– Então como eu faço para evitar ele?
– Ore por ele!
– Orar, você está louco? Ele matou Diego e sinceramente, eu não vou pagar pra ver o que acontecerá comigo ou meu filho. Obrigada, Sebastião, você foi muito útil. Super...
Paula saiu batendo forte o pé, furiosa pelo conselho sem sentido do homem de branco.
– Paula, se eu pudesse realmente lhe contar o que Coronel Manuel Joaquim quer...
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