segunda-feira, 13 de junho de 2011

Bridge – Angustia


Paula caminhava por um caminho rochoso. O local era gris; desbotado. O vento gelado surrava sua pele fina. Alo longe, ela avistou uma banheira. A jovem foi em direção do objeto e olhou dentro dele. Diego estava deitado. Paula, de certa forma, sabia que estava sonhando. Ela se lembrara do sonho que o namorado a contara. Era mais um daqueles sonhos em que se sabe que está sonhando, mas não consegue acordar. Sonho; real; surreal ou não, Diego estava ali, permanecia dentro da banheira, inerte... morto. Ela mergulhou a mão e tocou o rosto do rapaz.
Paula chorou.
A garota acariciava o rosto do namorado e pranteava simultaneamente. Diego abriu os olhos e segurou a mão de Paula, a puxando para dentro da banheira.

***

Paula despertara.
Ela sabia que aqueles sonhos lhe acometeriam mais cedo ou mais tarde. A garota acendeu o abajur, se sentou na cama e ficou ali, estática. Lembrava do que o espírito lhe dissera na reunião daquela noite: “Existe uma salvação, encontre o 53”. O que ele queria dizer com aquilo? O que era esse tal 53? As perguntas eram muitas, mas Paula sabia que ninguém a responderia. A moça tinha que encontrar esse tal 53, do contrário – ela se lembrou das palavras do obsessor mais uma vez: “Você será mais uma dentre outros”.
Paula estava cansada, seu desgaste físico e emocional era grande. Ela tentou de diversas formas imaginar o que poderia ser o 53, mas o sono a acometera mais uma vez.

Nenhum comentário:

Postar um comentário